REVISTA DE SER EDUCACIONAL - CONTEÚDOS E INFORMAÇÕES

 

 

 

CONTEÚDOS EDUCACIONAIS

 
Decorar não é saber

 

 

Vídeo - Rubem Alves´- A escola ideal. A Educação e o Professor. Quem pergunta é o aluno.

CONTEÚDOS EDUCACIONAIS

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A produção de conteúdo significa, na prática, o ato de oferecer materiais — em diferentes formatos — que sejam úteis e relevantes para um determinado público; no nosso caso, o público de interesse educacional: professores, gestores educacionais, autores, estudantes e interessados na área da Educação e Formação. Assim, divulgaremos temas importantes para os potenciais leitores do site.

 

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INOVAÇÕES EDUCACIONAIS – TENDÊNCIAS E CAMINHOS

 

Por: Prof. Adm. Ana Shirley França (Editora da Revista De Ser Educacional)     25 de julho de 2022.

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Muito se fala da necessidade urgente de mudanças na Educação. Dizem: o modelo tradicional já se esgotou, o modelo deve ser centrado no aluno, não mais no professor. Contudo, não basta mudar os métodos, é preciso construir uma escola renovada que reúna a ciência e a praticidade, uma instituição que promova o contexto vivido pelo estudante com a tradição da ciência, de forma que o estudante visualize utilidade no que aprende e no que se ensina. Nesta visão, a tecnologia pode auxiliar. É possível apontar tendências que se vislumbram como caminhos inovadores.
Educação pelo empreendedorismo - A fundamental tendência é a aplicação do conceito de empreendedorismo na educação que seja útil e eficaz socialmente e que traga satisfação para quem a frequente. Uma escola para a felicidade não pode focar só a prática, mas também não pode só olhar a cultura historicamente acumulada, traço distintivo das teorias. É preciso uma escola que una o contexto da vida do estudante ao conhecimento tradicionalmente vivido e teorizado pelas ciências.
É uma abordagem voltada à proatividade, ao protagonismo, à autodireção e à criatividade. Dar ao estudante a autonomia funcional para aprender, pois nem todas as pessoas aprendem da mesma maneira. O aluno deixa de ser mero assistente para se tornar o promotor de sua aprendizagem. Busca-se dar ao discente a capacidade de auto-organização, auto escolha e novas formas de aprender, pondo em prática o que aprendeu, para que possa reverter o seu saber em prol da própria vida e da coletividade. Os estudos de caso e as aulas baseadas em Storytelling (contar histórias) estão relacionados como métodos.
Aprendizagem colaborativa - A segunda tendência é a promoção da aprendizagem colaborativa na instituição educacional. Não o mero trabalho de grupo, em que alguns produzem e outros põem o nome. Fala-se da educação baseada no reconhecimento de habilidades e talentos. Para a realização de trabalho colaborativo, é preciso identificar em qual atividade o aluno poderá se desenvolver mais e melhor. Para isso, é preciso que ele tenha autonomia de escolha com o que mais se identifique com seu talento. Para a consolidação desta tendência, o ensino-aprendizagem por projetos e estudos de caso são métodos indicados.
Cultura para a fluência digital - Outra significativa tendência é a criação de uma cultura escolar que desenvolva a fluência digital. Não que a tecnologia seja o fim educativo, mas que ela seja o meio, por onde se processa o ensino e aprendizagem. Sobre esta tendência, é importante ressaltar que uma cultura digital só ocorre com o envolvimento de todos os atores educacionais – alunos, professores e gestores – de maneira que se construa uma prática diária de se utilizar processos online e a distância, como forma de ação escolar em todos os sentidos.
Assim, pode-se dizer que caminhos existem; agora, é preciso saber escolher e percorrer com muita preparação e cuidados.

 

 

 

CAPITAL INTELECTUAL E O MUNDO DO TRABALHO

 

Resenha Crítica    20 de junho 2022

 

Por: Prof. Arievaldo Alves de Lima   https://www.grupoempresarial.adm.br/

 

As grandes organizações que hoje ditam as regras do mercado de trabalho, remunerando condizentemente seus colaboradores, estão cada vez mais à procura de profissionais competentes, que tenham cultura geral e uma base sólida de conhecimentos adquiridos em instituições de ensino de excelência e qualidade. Até a exigência do conhecimento acadêmico, que continua em alta, o domínio de uma língua estrangeira e os aspectos comportamentais são validados para uma carreira de sucesso e consequentemente a ascensão ao status almejado por qualquer pessoa.

A origem do capital intelectual está relacionada com tudo isso, desde o surgimento da Sociedade do Conhecimento, caracterizada por uma série de inovações, mudanças e transformações, nas quais a informação e o conhecimento passaram a ter um papel fundamental de acordo com Drucker, 1996. Este visionário, em 1983 já destacava a importância do trabalhador intelectual. A partir de 1994, Stewart, nos Estados Unidos, consultor da Fortune, e Leif Edvinsson, na Suécia, Diretor de Capital Intelectual da Seguradora Skandia AFS, começaram a ter as mesmas preocupações e ideias voltadas para o Capital Intelectual. Para Stewart (1998), o Capital Intelectual constitui a matéria intelectual - conhecimento, informação, propriedade intelectual, experiência que pode ser utilizada para gerar riqueza. O mesmo autor acrescenta ainda que quando no mercado de ações avalia empresas em três, quatro ou dez vezes mais que o valor contábil de seus ativos, está contando uma verdade simples, porém profunda: os ativos físicos de uma

empresa baseada no conhecimento contribuem muito menos para o valor de seu produto ou serviço do que os ativos intangíveis os talentos de seus funcionários, a eficácia de seus sistemas gerenciais, o caráter de seus relacionamentos com os clientes que, juntos, constituem seu capital intelectual.

O capital intelectual abrange os conhecimentos acumulados de uma empresa relativos a pessoas, metodologias, patentes, projetos e relacionamentos, correspondendo, também, ao conjunto de conhecimentos e informações, encontrado nas organizações, que agrega valor ao produto/serviços mediante a aplicação da inteligência, e não do capital monetário, ao empreendimento (Paiva, 1999).

O número de executivos brasileiros com programa de mestrado concluído não ultrapassa 7%. Nos Estados Unidos quem possui esta formação ganha remuneração que se eleva a 71% mais do que os graduados somente em Universidades, segundo pesquisa.

Ver Social Report 2009/2010 das empresas Souza Cruz, Aracruz Celulose, Klabin, Bradesco, Itaú e outras que possuem vários tipos e programas de treinamento, fundações para formação da criança e vários investimentos com crescentes recursos em projetos para melhoria das condições de vida da comunidade e estimulo ao auto desenvolvimento dos funcionários.

Os tempos modernos têm exigido muito dinamismo dos empresários e com o fenômeno da globalização as empresas vêm sentindo maior necessidade de investir em Recursos Humanos, para poder competir e enfrentar os desafios no mercado cada vez mais exigente. Crawford (1994), diz que numa economia do conhecimento, os recursos humanos e não o capital físico e financeiro constitui as vantagens competitivas das organizações, e a gerência deve maximizar a preparação de trabalhadores altamente especializados. Na medida em que o homem da organização se torna uma espécie em decadência e que os trabalhadores devem sua vida profissional primordialmente ao treinamento profissional e à sua capacidade mental e não a simplesmente fazer parte de

uma organização, os estilos de administração participativa tornam-se cada vez mais importantes. Para gerir seu capital intelectual de forma mais sistêmica, a empresa deverá elaborar de acordo com Klein (1998), uma pauta para se transformar de uma organização que simplesmente compreende indivíduos detentores de conhecimento numa organização focalizada em conhecimento que cuida da criação e compartilhamento de conhecimento em e através de funções internas de negócios e que orquestra o fluxo de know-how de e para empresas externas.

As empresas valorizam este diferencial, haja vista que o moderno mercado de trabalho de alto nível, não é somente um rosário de dificuldades para os profissionais, pois apresenta uma série de características positivas, principalmente para quem está começando agora uma carreira. No mercado de hoje é vital o aprendizado contínuo, onde a atualização é a importante moeda de troca para fixar remuneração nas contratações e promoções nas empresas.

Tenho observado na minha área de finanças e contabilidade, quando da publicação dos relatórios anuais que as grandes organizações, além da análise dos números, publicam e analisam os relatórios sociais dando ênfase ao cumprimento seus projetos, investimentos e resultados ao trabalho conjunto justificado pelo empenho e talento de seus funcionários. Tudo porque agora o capital humano, e não o financeiro é o elemento propulsor e reparem que o e-business vem evoluindo cada vez mais.

Acredito que este seja o segredo para conseguir saltos na carreira. Precisamos ser eternos alunos na busca do aperfeiçoamento pessoal e profissional. Outro fato relevante nesta pesquisa é visto na beleza da web pelo fato de nela ser aberta a todas as pessoas. Todos estão se baseando no trabalho de outras pessoas. Esta é a razão pela qual tudo está se acelerando. Evidentemente, este acontecimento nos faz refletir sobre o capital humano, onde estamos testemunhando uma mudança evolucionária a uma velocidade revolucionária.

Ninguém nascido após a segunda guerra lembra do primeiro automóvel e seus efeitos sobre nossos pais e adolescentes, que repentinamente os colocavam fora do controle visível, alterando profundamente a estrutura da família, da mesma forma que o acesso ao livro impresso enfraqueceu o domínio da Igreja no século XV. Colocar mobilidade e informação nas mãos das pessoas, certamente contraria os modelos existentes na sociedade. E aí constatamos que as informações disponibilizadas transferem poder aqueles de atualização continuada não importando o grau de ocupação na estrutura organizacional.

A teoria do capital enfocava que a riqueza era resultante de investimentos e que os trabalhadores tinham direito à remuneração somente pela mão de obra.  O termo capital humano foi criado por Theodore Schultz, Prêmio Nobel de 1979, que afirmou que a melhoria do bem estar dos menos favorecidos não dependia da terra, das máquinas ou da energia, mas sim do conhecimento. Em verdade, temos que considerar que todas as habilidades são inatas ou adquiridas, que podem ser aperfeiçoadas por meio de investimentos apropriados ao enriquecimento do capital intelectual. As pessoas são o único elemento com o potencial inerente de gerar valor, entretanto, tratando-se de um componente ativo dificílimo de administrar, necessita de uma metodologia adequada para medir o retorno sobre o investimento em capital, entrando nesta questão os aspectos de custo, volume de trabalho, erros e reações pessoais que podem enfraquecer o ativo humano dentro do contexto patrimonial das organizações.

Numa pesquisa sobre mão de obra qualificada verifica-se que os EUA continuam os campeões na concentração dos maiores talentos no mundo e com perspectivas de se manter neste topo nesta década, acompanhado pela Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia, formando o TOP5. Acredita-se, porém, que investimentos em educação será um dos fatores que elevara o Brasil e países emergente como a China e a Índia. A tese levantada pelos pesquisadores e a de que os talentos estão onde as melhores condições para eles proliferarem existem, sejam eles talentos locais ou estrangeiros. Alguns estudiosos veem os tempos atuais como uma revolução na Era Exponencial, afirmando que a maior revolução no século XXI não é a digital, e sim social, moral e de valores.

Entrevistei executivos de algumas das empresas citadas neste trabalho e tive acesso as informações que culminaram com a minha pesquisa sobre este ativo tão valioso e importante nos Balanços Sociais das organizações. Afinal, essa visão não está desfocada, pois os homens estão enxergando um novo mundo com temperos de humanismo, iluminismo e sustentabilidade social, ambiental, de talentos e de negócios. O renascimento se dá pelas mídias digitais, a praça global, onde idealistas, utópicos e sonhadores unem-se e estão livres para se manifestar. É uma caixa de Pandora, um verdadeiro caldeirão de emoções intuitivas, cognitivas e dramáticas de tirar o fôlego,

vivemos releituras da história universal, onde o revolucionário mantra do passado ressurge como Fênix.

 

 

 

GEOHISTORIANDO - CONHECENDO ASPECTOS ANTIGOS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO       09 de fevereiro 2022

 

Autora:

 

Nilda Ramos Pereira

 

Professora, escritora, pesquisadora, especialista em reforço escolar.

Formada em 2003, Faculdades Simonsen, Licenciatura Plena em História.

 

E-mail: pandorapereira100@yahoo.com.br

 

https://orcid.org/0000-0002-0410-0346.

 

 

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RESUMO:

O artigo vem de acordo à um grande desejo de escrever sobre a história seja ela de que cidade for, o Rio de Janeiro por si só já é uma grande biblioteca. Ele traz no seu conteúdo histórias de ruas, avenidas, ladeiras e bairros deste imenso e maravilhoso Rio. Trago no artigo os nuances históricos também, afinal essa cidade foi palco de eventos que mudaram não só a cidade, mas o país inteiro, revoltas, proclamações, dias festivos, chegadas internacionais, libertações. Em cada calçada dessa cidade há um pouco do que o Brasil foi, é isso que busco e que procuro tentar resgatar e que desejo que cada morador dessa cidade, carioca ou não sinta, sinta orgulho de morar neste país e nessa cidade que viu quase toda a história do Brasil refletida nos olhos de seus moradores e nas pedras e morros. Visitem, conhecem essa cidade cheia de história, vale a pena. A reformulação gerou novos episódios, sejam curiosos.

 

Palavras-Chave: História, Geografia, Rio de Janeiro, cidade reformada, revoltas.

 

 

Leia o artigo completo:

 

Geohistoriando/conhecendo_lugares_.antigos_do_Rio_de_Janeiro

 

 

 

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                                                                                                                            01 de fevereiro de 2022

 

O ENSINO A DISTÂNCIA E O ENSINO REMOTO – DISTINÇOES E DIFICULDADES À PERMANÊNCIA ESTUDANTIL MEDIADA PELA TECNOLOGIA   27 de janeiro de 2022.

 

AUTORA:

 

Ana Shirley França 

 

Editora da Revista De Ser Educacional. É Administradora, Avaliadora INEP/MEC, Mestre em Educação e em Psicopedagogia.

 

E-mail: anafranka@uol.com.br

 

https://orcid.org/0000-0002-0485-0972

 

 

RESUMO:

 

O Ensino a Distância e o Ensino Remoto trazem distinções e dificuldades à permanência de estudantes, já que são mediados pela tecnologia. Muito se fala das vantagens do ensino por meios tecnológicos, mas existem dificuldades que precisam ser vencidas. É preciso entender a importância da Internet no processo e da infraestrutura tecnológica que precisam bem funcionar para o êxito educacional. O ensino a Distância e o Remoto valem significativamente para a continuidade educacional, principalmente em situação contingencial, como foi o caso da Pandemia da COVID19.

 

Palavras-chave: Ensino a Distância, Ensino Remoto, Permanência, Tecnologia.

 

 

Leia o artigo completo: 

 

 

 

Ensino EAD e Ensino Remoto

 

 

RESENHA CRÍTICA

 

A GERAÇÃO MILLENIALS

 

 

Autor:

 

Wagner Siqueira - Rio de Janeiro - RJ

 

É diretor geral da UCAdm RJ e conselheiro federal junto ao CFA.

Autor do livro Estratégias de Intervenção em Consultoria de Organização, 2021,

publicado pela Amazon.

 

E-mail: wagnerhsiqueira1@gmail.com

 

RESUMO EXPANDIDO

 

Para melhor compreensão, também considero como millenials os nascidos a partir de 1980. Englobam o que se convencionou chamar de Geração Y e de Geração Z. Divido esta exposição em 3 partes, que se interpenetram num todo orgânico: no fundo, como se comportam e quais são os desafios dos millenials nos próximos tempos?

 

1ª. Parte: a geração millenials, distintas facetas!

Refiro-me a todos os millenials, não só aos filhos da classe A, os super qualificados que integram as elites econômicas e educacionais da sociedade globalizada dos tempos presentes. Normalmente, só se falam desses millenials: este é um equívoco ou dissimulação intelectual, que esconde muito de discriminação contra a massa majoritária de vulneráveis despreparados, precarizados pela péssima educação,

quando tiveram alguma digna desse nome. Não se considera os millenials do 4º. extrato social, completamente fora das relações econômicas normais, “desbancarizados”, totalmente dependentes do dia a dia para sobreviver. E, assim como também, não se fala da elite das elites dos millenials, que, como uma tribo própria, tem atitudes e comportamentos bem atípicos em relação à média dos demais integrantes das gerações Y e Z.

 

2ª. Parte: uma geração moral? Ou seria também uma geração perdida? Os pressupostos doutrinários, ideológicos e políticos que fundamentam a ação dos millenials em suas distintas facetas ou tribos precisam ser compreendidos para deixarem de ser tratados equivocadamente como uma massa orgânica consistente, o que não são.

 

3ª. Parte: a rebelião das novas elites, os anarquistas do 3º milênio. Os terraplanistas falam tanto contra a globalização, mas a própria Pandemia do Coronavírus é a globalização da doença. A vida globalizada é uma realidade inescapável da humanidade neste 1º. quartel de Século XXI, e, certamente, assim deverá ser nas próximas décadas. Há sempre avanços e novas etapas, que cada vez mais se aprofundam quanto mais as tecnologias se desenvolvem: vivemos em plenitude a aldeia global de Marshall Mcluham – o meio é a mensagem.

 

Leia o artigo completo, clicando no link abaixo:

 

 

ARTIGO

A TERCEIRA MISSÃO DA UNIVERSIDADE - DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO, INVESTIGAÇÃO-DESENVOLVIMENTO-INOVAÇÃO (I&D+I) E CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS   

06 de dezembro de 2021

 

Autor:

 

Eduardo Moreira Dias - Brasil - Portugal, Rio de Janeiro - Porto

Executivo de Gestão e Operações | Especialista em Gestão Educacional | Especialista em Políticas Públicas

E-mail: eduardo.moreira.dias@hotmail.com

 

ORCID: 0000-0003-3696-0815

 

Resumo

Desde suas origens até a atualidade, a Universidade sempre foi confrontada com a necessidade de mudar. Os momentos históricos demonstram as relações de causalidade, especialmente no que refere às mudanças na concepção e ideologia dos Estados e ao conjunto de fatores socioeconômicos e políticos preponderantes para tais transformações. Por conseguinte, ao longo do tempo, as Universidades foram assumindo missões para além das atividades de ensino. Inicialmente foram incorporadas as atividades de pesquisa/investigação científica e mais tarde as atividades de extensão, os serviços à sociedade, o que veio a ser denominado como a Terceira Missão da Universidade. Este artigo aborda as principais questões pertinentes ao tema, em seções distintas, porém intercorrentes, e lança luz sobre uma temática transversal que envolve a sociedade, os governos, as instituições/organizações públicas e privadas, designadamente: As Instituições de Ensino Superior, no âmbito das atividades associadas à Terceira Missão, podem desempenhar papéis importantes no contexto dos governos regionais e, consequentemente, contribuir de forma inédita e inovadora para o crescimento e desenvolvimento socioeconômico dos territórios e na construção de políticas públicas?

 

Palavras-chave

Universidade; Terceira Missão; Desenvolvimento Socioeconômico; Investigação, Desenvolvimento e Inovação (I&D+i); Formulação e Implementação de Políticas Públicas; Bem-estar social.

 

 

Leia o texto completo:  

 

Artigo - A Terceira Missão da Universidade

 

 

AS INOVAÇÕES NA EDUCAÇÃO – TENDÊNCIAS E NOVOS CAMINHOS

 

Por: Ana Shirley França (Editora da Revista)   27 de novembro de 2021

 

Muito se fala da necessidade urgente de mudanças na Educação. Dizem: o modelo tradicional já se esgotou, o modelo deve ser centrado no aluno, não mais no professor. Contudo, não basta mudar os métodos, é preciso construir uma escola renovada que reúna a ciência e a praticidade, uma instituição com o contexto vivido pelo estudante, unido à tradição da ciência, de forma que o estudante visualize utilidade no que aprende e no que se ensinam. Neste contexto, a tecnologia pode em muito auxiliar. Dito isto, é possível apontar tendências que se vislumbram como procedimentos inovadores.

 

 

 

 

Educação pelo empreendedorismo

A fundamental a tendência é a aplicação do conceito de empreendedorismo na educação. de forma que seja útil e eficaz socialmente e que traga satisfação para quem a utilize. Uma escola para a felicidade não pode focar só a prática, como pensava Freire, mas também não pode só olhar a cultura historicamente acumulada, traço distintivo das teorias. É preciso uma escola que una o contexto de vida do estudante ao conhecimento tradicionalmente vivido e teorizado pelas ciências. É uma abordagem voltada para a proatividade, ao protagonismo, à autodireção e à criatividade. Dar ao estudante a autonomia funcional para aprender, pois nem todas as pessoas aprendem da mesma maneira. O aluno deixa de ser mero assistente. para se tornar o promotor de seu processo de aprendizagem. Busca-se dar ao discente a capacidade de auto-organização, auto escolha e novas formas de aprender, pondo em prática o que aprendeu, para que possa reverter o seu saber em prol da própria vida e da coletividade.

 

 

 

 

Aprendizagem colaborativa

A segunda tendência é a promoção da aprendizagem colaborativa na escola. Não o mero trabalho de grupo, em que alguns produzem e outros põem o nome. Fala-se da educação baseada no reconhecimento de habilidades e talentos. Para a realização de trabalho colaborativo, é preciso identificar em qual atividade o aluno poderá se desenvolver mais e melhor. Para isso, é preciso que ele tenha autonomia de escolher aquilo que mais se identifica com seu talento. Para a consolidação desta tendência, o ensino-aprendizagem por projetos e estudos de caso são métodos indicados.

 

 

 

Cultura para a fluência digital

Outra significativa tendência é a criação de uma cultura escolar que desenvolva a fluência digital. Não que a tecnologia seja o fim educativo, mas que ela seja o meio por meio do qual se processa a relação ensino-aprendizagem. Sobre esta tendência, é importante ressaltar que uma cultura digital só se processa pelo o envolvimento de todos os atores educacionais – alunos, professores e gestores – de maneira que se construa uma prática diária de se utilizar processos online e a distância, como forma de ações escolares em todos os sentidos.

 

 

 

Educação Empreendedora – uma análise crítica sobre o ensino da Administração 

16 de novembro de 2021

 

Autor:

 

Wagner Siqueira 

 

é consultor de organização. Diretor Geral da UCAdm - Universidade Corporativa do Administrador RJ e Conselheiro Federal RJ, licenciado junto ao CFA.

 

É preciso ensinar aos nossos alunos as novas competências necessárias à 4ª Revolução Industrial (RI). É preciso - na imensidão do Brasil - já que o ensino de gestão, em suas mais diversas facetas, é um grande curso de graduação, além disso, também qualificar os nossos professores, pois só assim atingiremos uma massa crítica de transmissão de conhecimentos capaz de produzir a mudança de trazer o país à contemporaneidade dos tempos presentes.

Mais do que nunca, os imperativos da inovação nos levam à necessidade dramática de “reconceptualização” e de transformação nos métodos de ensino dos Cursos de Administração. Não serão as novas Diretrizes Curriculares, recém aprovadas, que irradiarão a mudança necessária. Elas apenas reeditam a repetição do mesmo, com uma nova roupagem, talvez com uma fatiota mais elegante, mas, no mundo digital, ainda pensam analogicamente. Essencialmente, não mudam de frequência, atuam no mesmo comprimento de onda, em relação aos velhos conceitos do ensino de gestão.

Ferramentas hightechs – tecnologia de ponta – precisam se integrar ao conhecimento aplicado de disciplinas tradicionais, como lógica e filosofia, antropologia e ciências sociais, matemática e história, ciência política e economia, contabilidade, sociologia e estatística. Não como disciplinas isoladas que aqui ou ali se interpenetram, mas como um todo integrado e orgânico de conhecimentos, aplicados simultaneamente à resolução de questões organizacionais. Associar a aplicação de ciências exatas e humanas à valorização de competências emocionais, humanizar a organização, colocar a ciência, a técnica e a arte da gestão a serviço do homem. A boa gestão deve estar bem fecundada na cosmovisão – na weltanschaung – da realidade da organização, de seus processos e de sua cultura, propiciada pela integração das tecnologias digitais às ciências do comportamento humano.

Até que ponto estamos nós – professores de administração – dispostos a enfrentar essas mudanças, muitas vezes tão difíceis e dolorosas? Este é um imperativo categórico, portanto, fundamental a ser aplicado. Ao constatar a capacidade e a velocidade de os professores de Administração se reinventarem nesta pandemia do coronavírus, encho-me de convicção e de confiança de que conseguirão vencer o desafio: sair da sala de aula presencial tradicional para aula remota com tanta criatividade e competência demonstra o domínio de condições objetivas para vencê-lo.

A Educação 4.0, em especial em gestão, não funciona isoladamente. As ferramentas hightechs devem estar aliadas às metodologias de ensino-aprendizagem que agreguem todas as disciplinas, num só campo de interesse e de interconexão, como um todo integrado. Não pode ser diferente na sociedade do conhecimento, em que o cerne do processo de aprendizagem permanente é vital à própria vida.

Não se pode confundir tecnologia com deixar para o sistema automatizado de aprendizagem o papel de ensinar o aluno. As tecnologias devem estar a serviço da educação de qualidade. Deve permitir diagnosticar o aprendizado do aluno e complementar o trabalho do professor. Garantir que o aluno tenha ideia melhor, mais compreensiva, dos caminhos a seguir, com itinerários e trilhas de aprendizagens customizadas e personalizadas a cada aluno de per si. A Educação também precisa ser customizada, sair da produção em massa do saber! Nem todos nascem para serem empreendedores, nem para serem vocacionados a patrões ou a empregados. Cada um é único e singular, e deve ser educado nesta perspectiva.

Os processos pedagógicos devem ser amparados pela tecnologia e não serem substituídos por ela. As atividades de ensino-aprendizagem ganham, assim, maiores possibilidades de meter a mão na massa, de aprender fazendo, de fazer as devidas conexões teoria e prática, já que se dispõe de um infinito espaço de aprendizagens por meio das facilidades da utilização digital. Fazer teoria e prática se retroalimentarem em processo de causação circular. Aprender a pensar e a interpretar a sua realidade, ou seja, como quase o lugar comum, aprender a aprender, aprender a desaprender e aprender a pensar de forma autóctone. Deixar de ser treinado em sala de aula como mero aplicador de técnicas da moda, que logo serão superadas.

A tecnologia avança à velocidade da luz, mas a mentalidade educacional avança à velocidade do carro de boi. Vivemos e trabalhamos na sociedade do futuro, mas continuamos a usar valores, práticas e procedimentos de ensino-aprendizagens do passado. Definitivamente, as metodologias ativas são muito importantes e válidas, mas não são a panaceia para resolver todas as necessidades educacionais do aluno. Mas, enquanto isso, as Instituições de Ensino Superior (IES) mantêm rígidos os departamentos de ciências exatas, o de ciências humanas e o de ciências biológicas, como se o mundo e a vida fossem separados e distintos nessas caixinhas isoladas. Diante de tal constatação, devem reformular e reforçar as estruturas de seus cursos para alinhá-los às imposições da Indústria 4.0. Fazer a fusão do mundo digital, físico, biológico e humano. Esta visão vale tanto para quem se destina a ser empreendedor, empregador, empregado ou rentista da bolsa, pouco importa o que for. Vale, sobretudo, para ser cidadão contemporâneo deste novo mundo no Século XXI.

O ensino de Administração deve ser marcadamente impregnado do mundo real. Fazer o aluno transcender a sua inequívoca competência no uso do smartphone para fazê-lo compreender e aplicar tecnologias hightechs por meio dele no desenvolvimento de cenários organizacionais, na resolução de problemas, na gestão de conflitos, na tomada de decisão, na identificação de novas oportunidades de ação. Pode ser até através de interações produzidas por concepções e montagens de chatbots hipotéticos ou reais em salas de aula ou laboratórios. Uma coisinha simples, mas com enorme potencial de transformação educacional e de motivação para a aprendizagem. O ensino de administração precisa estudar em sala de aula as implicações e os resultados do uso da Inteligência Artificial (IA) em áreas como planejamento de negócios; processos organizacionais; lógica empresarial; monitoramento, avaliação e crítica de desempenho de resultados; perfil e características da cultura; estratégias de desenvolvimento empresarial; marketing; vendas; finanças, logística; segurança patrimonial; recrutamento, seleção e desenvolvimento de pessoas; economia circular; gestão sustentável;  e assim por diante.

Em que as tecnologias hightechs não se aplicam ao desempenho das organizações? Como podem estar, então, fora do cotidiano de nossas aulas e cursos de gestão? Pode ser até que usualmente sejam até citadas, mas efetivamente são muito pouco aplicadas. Quando muito são apenas referências ilustrativas de estudos de casos de sucesso. É preciso pedagogicamente fazer os nossos alunos vivenciá-las em meta-verso, replicando educacionalmente a realidade em dispositivos digitais, em que os alunos e professores discutam e interajam entre si na prática, na teoria, na análise, no diagnóstico e nas alternativas de solução de problemas de gestão, das relações pessoais, interpessoais, em equipe, interequipes e organizacionais de relações de trabalho.

A chegada próxima do 5G no Brasil não só vai escancarar as possibilidades objetivas de utilização de recursos tecnológicos no ensino de Administração, por democratizar o acesso ao conjunto de todas as IESs, independente de seu porte, como também vai evidenciar às escâncaras a enorme defasagem das práticas pedagógicas que adotamos em todo o Brasil, excluindo-se as poucas e raras exceções atípicas de praxe bem conhecidas.

A 4ª. RI só terá sucesso se tiver em sua essência, no seu DNA, algo já plenamente consagrado como necessário: uma boa gestão! E esta só se fará com bons gestores formados e forjados em aplicação simultânea de tecnologias hightechs, junto à aplicação de ciências sociais, ambas integradamente focadas na realidade da organização em atuação no universo da sociedade.

 

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A Arte ensina a vida na obra de William Shakespeare    28/10/2021

Prof. Ana Shirley França (Editora)


Ilustres colegas professores afirmam que a arte, como a literatura, o cinema e o teatro contribuem para ensinar a vida, além de somar, e muito, ao aprendizado e às novas ideias profissionais. Aquele que lê ou assiste e reflete sobre a vida, tira muito proveito, não só como entretenimento lúdico, mas também como carga significativa de aprendizagem para sua vida pessoal e profissional.
Ao conhecer e refletir sobre a obra de William Shakespeare, é possível concluir as inúmeras contribuições que sua obra literária e teatral traz à área da Administração como ciência e como arte. Existem verdadeiras aulas na obra do autor que todos devem conhecer e aproveitar os ensinamentos. Vão desde a expressão de habilidades gestoras até a discussão de atitudes e valores técnicos e comportamentais, que se podem observar em algumas de suas obras.
Na obra Rei Lear, uma tragédia considerada por muitos críticos, como a obra-prima de Shakespeare, é contada a história do Rei Lear da Grã-Bretanha, que enlouquece após ser traído por duas de suas três filhas ao dividir seu reino entre elas. Na obra, encontram-se discussões fabulosas sobre atitudes e valores de um líder, considerando valores morais, atitudes éticas e relacionamentos interpessoais.
Em Macbeth, obra que constitui o gênero da tragédia, é contada história sobre o barão e a baronesa Macbeth, que arquitetam um plano para assassinar o rei e tomar o trono. Contudo, as consequências do crime são profundas para o novo rei, que não consegue viver com sua decisão gananciosa. Nesta obra, também chamada de Conto Escocês, são encontrados verdadeiros ensinamentos de planejamento estratégico que se podem perceber claramente.
Na obra o Mercador de Veneza, já um trabalho do autor na linha da tragicomédia, é contada a história do mercador Antônio e o agiota judeu Shylock, o personagem mais reconhecido da obra. Ao longo da narrativa, surgem verdadeiras aulas de comércio, do valor do dinheiro, das negociações e da postura ética-profissional.
Realmente, a cultura universal ensina a vida pessoal e profissional, basta que se tenha vontade de buscar os ensinamentos, pois muitas obras são de domínio público e estão graciosamente disponíveis nas bibliotecas e nos meios digitais.

 

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O uso das tecnologias de comunicação síncronas - adeus à solidão para aprender (Linkedin, 01/10/2021)

Por Ana Shirley França( Editora)


Há bem pouco tempo se dizia que o grande problema do estudante EAD e das aulas online era a solidão no processo de ensino e aprendizagem. Faltava ao estudante as interações mais efetivas com seus professores e tutores, com seus colegas e, até mesmo, com a instituição de ensino. Hoje, com os vastos recursos tecnológicos de comunicação de interação síncrona, é possível criar constantes encontros entre os vários atores educacionais.


São muitos os recursos de encontro entre pessoas que a tecnologia proporciona. São plataformas, ferramentas e programas que estão disponíveis para criar interações e convivências nas atividades educacionais. Podem ser citados recursos vários, que vão desde o uso das mídias sociais como os do Google, do Facebook, do Skype e Whatsapp que funcionam como um hub de conexões, como canais de relacionamento e interação entre pessoas, instituições e diversos sites, até plataformas, cujo o objetivo principal é possibilitar reuniões em tempo real.


As plataformas como o ZOOM GOOGLE MEET e TEAMS Microsoft permitem reuniões e encontros a qualquer hora, inclusive, possibilitando conexões síncronas e gravadas. Atualmente a utilização do Zoom e do Teams pode ser diretamente ligada a plataformas educacionais. É possível, por exemplo, a Plataforma Moodle trabalhar com o Teams Microsoft incorporado. Basta que os usuários tenham acesso ao Office 365. Da mesma forma, a Plataforma Canvas já consegue trabalhar de forma integrada com o Zoom.


Conhecer os vários recursos tecnológicos disponíveis é algo que gestores da educação precisam buscar e aplicar em seus projetos educacionais. Da mesma forma, os professores necessitam saber utilizar e colocar em prática os vários recursos tecnológicos de educação e comunicação. Atualmente é uma das habilidades exigidas do professor, saber manusear, interagir e ensinar por meio de canais tecnológicos de comunicação e informação.


É bom não se pensar que o uso, em larga escala, desses recursos tecnológicos de comunicação é apenas sazonal, devido à Pandemia e ao consequente isolamento social. É importante ter a certeza de que essa prática é perene, e a cada dia será mais utilizada e requerida, não só no EAD, mas também na modalidade presencial que hoje fica cada vez mais híbrida.


Hoje e para o futuro é preciso vontade e determinação de fazer educação diferente, trazendo a cada dia mais inovações e ampliação das interações e das atividades educacionais síncronas, não apenas entre professor e estudante, mas entre todos aqueles que fazem parte do corpo de atores institucionais, de forma que o estudante se sinta mais assistido e pertencente ao projeto educacional do qual faz parte.

 

 

 

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