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ENTREVISTA - Professora e Psicóloga Jandira Inácia da Rocha

A Pandemia não acabou - distúrbios psicológicos e de comportamento nas pessoas

21 de maio de 2022.

 

A Prof. Jandira Inácia da Rocha sempre foi uma psicóloga muito atenta às questões humanas e educacionais.

 

Convidamos a professora para nos contar sobre os inúmeros distúrbios psicológicos e de comportamento que a Pandemia da Covid19 trouxe como consequência.

 

Sabemos que o isolamento social foi difícil para as pessoas em todo mundo e, no Brasil, não foi diferente. Muitas pessoas reagiram à falta do convívio social de várias formas e sintomas.

 

Ler a Professora e Psicóloga Jandira Rocha nos esclarecerá sobre o ocorrido durante a Pandemia e ainda hoje nos acompanha.

 

Seja muito bem-vinda à nossa Revista, saiba, antecipadamente, que em muito contribuirá com os profissionais da Educação, em relação aos problemas psicológicos trazidos pela Pandemia.

 

 

 

Prof. Jandira, conte-nos sobre sua formação acadêmica. 

 

- Olá! É um prazer estar aqui compartilhando destes saberes, espero ajudar. Muito obrigada pelo convite!

 Bom, a Psicologia foi minha primeira formação acadêmica e dela obtive o bacharelado e a licenciatura em cinco anos. Seguindo com especialização em Psicologia Clínica pela FEFACEL e Psicopedagogia pela Universidad de La Habana. Mestrado em Educação e Trabalho pela UNESA, bacharelado em Administração de Empresas e Cozinha Contemporânea pela Universidade Estácio de Sá. Atualmente Doutoranda em Multimédia em Educação pela Universidade Aveiro- Portugal.

 

 

Desejamos saber sobre suas experiências profissionais. 

 

- Comecei bem jovem nas Pioneiras Sociais como Técnica em Enfermagem e logo requisitada para o Setor de tratamento em  de Quimioterapia, inaugurando o serviço junto com a Drª Sonia Ladeira, uma grande oncologista, e lá fiquei por 13 anos. Concursada para o Ministério da Saúde como Técnica em Enfermagem, trabalhei na Saúde Mental como Psicóloga na clínica de Obstetrícia, de onde reuni condições para o meu primeiro mestrado em Educação, e pude apresentar o “novo conceito de Família”, que na época ainda era considerado pelos aspectos jurídicos da união entre um homem e mulher com o nascimento da prole. Trabalhei na pediatria,  nas Clínicas cirúrgicas e no Centro de Tratamento de Queimados  _CTQ do hospital do Andaraí – Hospital Federal do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro e como funcionária pública me dediquei por 34 anos. Na ONCOPREV- Clínica de Tratamento de Câncer fui por 5 anos, Psicóloga responsável pela assistência aos pacientes em tratamento e seus familiares, e no consultório particular, até os dias atuais, em atendimento  clínico. Na área da Educação, trabalhei na Universidade Estácio de Sá, por mais de trinta anos, em diversos cursos de graduação, tanto presencial quanto em EAD, tais como: Administração, Direito, Psicologia, Enfermagem etc.  Desde 2001 sou voluntária no CEMA  e eterna aprendiz na vida.

 

 

Professora, à luz da Psicologia Educacional, distinga para nós os termos dificuldades e distúrbios. 

 

Entendemos na Psicologia da Educação o termo “Dificuldade”,  como uma desordem, geralmente de base psicoafetiva ou neurológica que interferem na discriminação do processo de  recepção da informação, da integração e comunicação. A dificuldade pode ser transitória, já o “Distúrbio” é considerado como uma alteração nas condições físicas ou mentais que afeta o funcionamento da dinâmica da pessoa em relação aos seus hábitos comportamentais e interação social. Os distúrbios interferem na maturação das funções do Sistema Nervoso Central (SNC) e podem ser identificados na infância,  perdurar durante a vida adulta com comprometimento das habilidades intelectuais ou surgir ao longo do desenvolvimento, alterando o comportamento nas atividades rotineiras.

 

 

Com esses dois anos de crise sanitária e de saúde, poderia nos apontar alguns distúrbios consequentes da Pandemia?

 

- Em estudos recentes, produzidos de forma multidisciplinar e em nível internacional, constatamos que a pandemia provocada pela Covid-19 gerou um aumento global em distúrbios como a depressão e a ansiedade, entre alguns estudos, destacamos um que aponta que ocorreram 53 milhões de novos casos de depressão e 76 milhões de ansiedade em 2020, (Lancet, (2021). Trazendo o foco para a realidade brasileira, destacamos um estudo publicado pelo Conselho Nacional de Secretaria de Saúde, (2022) que aponta, que entre 2019 e 2020, houve maior vulnerabilidade  nas faixas etárias de 20 a 39 anos e 15 a 19 anos. Sendo que a primeira faixa etária figura em 45% das notificações de violência autoprovocada, enquanto os segundos são responsáveis por 22% dela. os jovens e adolescentes são os mais impactados, além das mulheres que correspondem a 72,4% dos casos registrados na rede pública em 2020.  O estudo aponta ainda, que enquanto no mundo houve redução de 36% na taxa global de mortalidade por suicídio nos últimos 20 anos, nas Américas, o movimento foi o inverso e registrou o crescimento de 17% na taxa de mortalidade por suicídio. No Brasil, o último levantamento realizado mostrou que em dez anos, somados a época da pandemia, houve aumento de 30% no número de mortes por cada 100 mil habitantes; logo, vimos estes índices como preocupantes para as tomadas de decisões em políticas públicas para o adequado suporte e tratamento da saúde mental.

 

 

Na sua visão, qual é o mais comum problema psicológico trazido pela Pandemia da Covid19? Por quê?

 

- O pânico, inicialmente produzido pelas incertezas do desconhecido e posteriormente aumentado pelas condições necessárias de isolamento social. No segundo momento, o estresse e sintomas depressivos, provocados pela impotência diante da realidade, com o aumento e abuso no uso de substância química, alcoólica e tabagismo, e no terceiro momento, a baixa autoestima, traduzido no comportamento distorcido pela negação, como mecanismo de defesa, trazendo como consequência o excesso de exposição como abuso pelas aglomerações sociais, e o desafio das normas de segurança de saúde mundial, além do desamor e as incertezas em relação ao futuro. A vida fluida, como se refere Zgmunt Bauman.

 

 

A Revista Exame afirmou no início de 2022, que a Síndrome de Burnout é a doença do trabalho atualmente. O que é essa Síndrome? Quais as causas mais comuns? Quais são seus sintomas? 

 

-Denominamos de síndrome um conjunto de sintomas, e como sintomas,  uma resposta neurofisiológica. O termo “Burn-out” significa estado de exaustão vital. A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico causado pelo excesso de tensão provocada pelas condições de trabalho. O termo “Síndrome de Burnout” foi cunhado pelo Psicólogo Herbert Freundeberg (1974), quando identificou em seu estudo o esgotamento de funcionários de uma clínica de recuperação de dependentes químicos relacionado à sobre carga de trabalho, a falta de visibilidade e baixa remuneração. Só agora em 2022, esta síndrome passa a ser inserida no capítulo XXI da categoria que se refere aos problemas  relacionados com a organização do seu modo de vida  codificada em Z73, descrita na classificação internacional de doenças o CID 10, e inclusa no CID-11, pelo Organização Mundial de Saúde – OMS como um fenômeno causado pelo trabalho, resultante de estresse crônico e sem gerenciamento. Os principais sintomas são: Fadiga, exaustão emocional, impaciência, muita irritação, falta de concentração, lapsos ou perda de memória, tristeza, melancolia, distúrbios do sono, distúrbio alimentar, tonturas, oscilação de pressão arterial, dor de cabeça, problemas musculares e de coluna , infecções pela baixa imunidade, labilidade de humor, apatia, desconfiança, depressão. As consequências desta síndrome extrapolam as questões pessoais afetando a capacidade e competência de execução das atividades laborais e sociais, causando baixa autoestima, culpa e afastamento social.

 

 

Qual é o tratamento para a Síndrome de Burnout?

 

-Atribuída ao filósofo grego, Sócrates(479-399 a.C.), a frase “conhece-te a ti mesmo” é a grande deixa para o início do tratamento do Burnout. No mundo do trabalho nem sempre o reconhecimento chega a termo e as pessoas precisam aprender a se relacionarem com o que fazem de forma mais prazerosa. Entretanto, quando reportamos ao trabalho como apenas necessidade, atrelamos a ele o significado de “tripalium” termo em latim utilizado para designar instrumento de tortura, e esta associação causa sofrimento. Sabemos que nem sempre é possível se fazer o que se gosta, mas é possível aprender a gostar do que se faz. Em nome de convenções sociais, muitas pessoas renunciam as suas vidas, que consideram simples, sumetendo-se à uma realidade vil e mercadológica. É preciso uma reflexão  entre Ser e Ter. O acompanhamento psicológico é o principal fator para o tratamento; pois a exaustão é causada pelo esgotamento físico no trabalho. Em alguns casos, é necessário o tratamento medicamentoso e acompanhamento médico, também umas boas férias para relaxar e reforçar o amor-próprio.

 

Pessoas em uma salaDescrição gerada automaticamente com confiança média

Prof. Jandira com seus alunos em aula na Universidade.

 

Professora Jandira, estamos certos que suas explicações e informações foram de grande valia a todos nós e aos nossos leitores especialmente.

 

Muito Obrigada!

 

 

 

 

 

ENTREVISTA - Prof. Antônia dos Santos Silva - Volta às Aulas - a Pandemia não acabou

14 de fevereiro de 2022

 

Convidamos a Professora Antônia dos Santos Silva, para a entrevista sobre “A Voltas às Aulas – a Pandemia não acabou” para nos contar, como ocorreram as aulas ao longo da Pandemia da COVID19 e como aconteceu o retorno às aulas em 2022, mesmo com o crescimento dos casos da infecção pelo vírus, em virtude de uma nova variante.

 

 

Prof. Antônia dos Santos Silva

 

É importante que saibamos, daqueles que estão nas salas de aula, como este retorno ocorre, que preparos recebem e como os alunos veem este retorno.

Temos certeza que a Prof. Antônia, regente em sala de aula, irá em muito contribuir com todos nós.

 

Bem-vinda, Prof. Antônia!

 

Desejamos conhecer sua formação acadêmica e profissional, Prof. Antônia.

 

-Sou formada em Letras, Português e Literaturas pela Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, e sou Pós-Graduada. Fiz Especialização em Literaturas Contemporâneas, de Expressão Portuguesa, na Universidade Cândido Mendes.

Fui Professora no Município de Niterói e hoje me dedico a ministrar aulas na Rede Pública do Município do Rio de Janeiro.

 

Atualmente, em que locais ministra aulas? Há alguma especificidade no tipo de turma que leciona?

 

-Atualmente leciono no CIEP Pedro Varela, no Município do Rio de Janeiro, há 28 anos. Trabalho na EJA (Educação de Jovens e Adultos). São alunos que estão sem estudar há muitos anos, e retornam aos bancos escolares, devido à possibilidade trazida pelo EJA, permitindo que avancem nos estudos.

 

Quais são as recomendações da gestão educacional da sua escola, bem como de instâncias sanitárias e de saúde governamentais?

 

-A recomendação sempre foi seguir os protocolos de segurança sanitários e de higiene. Cumprimos e recomendamos aos estudantes que também sigam, tanto na escola como fora dela.

 

Como sua escola e a Rede agiram ao longo da Pandemia, para que os estudantes não ficassem sem as aulas?

 

-A escola, na qual atuo, organizou-se da melhor forma possível. Montamos grupos de Whatsapp para melhor atender aos alunos. A Secretaria Municipal de Educação disponibilizou o Aplicativo Rioeduca, com aulas e materiais para os estudantes. Aqueles que tinham dificuldade de acessar o Aplicativo, com os devidos cuidados, podiam ir à Escola buscar o material impresso. Houve também aulas pela TV Aberta, com uma programação do Rioeduca para todas os níveis e forma de ensino de educação no Município do Rio de Janeiro. Agora em fevereiro, haverá a programação de videoaulas que visam ao reforço escolar, baseadas no trabalho de habilidades e de críticas e dificuldades observadas nas avaliações da aprendizagem em 2021. As videoaulas são transmitidas pela TV Band, pelo canal 7.2, ou pela TV a cabo canais 26 e 526, da MULTIRIO ou pelo APP Rioeduca em Casa. Nós, professores, divulgamos aos alunos na sala de aula e pelos grupos de Whatsapp.

 

Houve algum preparo e treinamento de professores para a Volta às Aulas, mesmo com a Pandemia em desenvolvimento?

 

-Sim, aconteceram as Jornadas Pedagógicas, ministradas por especialistas, de forma virtual, antes do retorno às aulas, visando a dar mais suporte técnico aos profissionais da Educação.

Houve um planejamento baseado nas Orientações Curriculares enviadas pela Secretaria Municipal de Educação (SME) e temos um professor orientador, além de falarmos das boas práticas realizadas por nós, professores.

Além disso, tivemos a participação da Prof. Magda Soares, em nossa Jornada Pedagógica, falando sobre Alfabetização e Letramento. Assunto de grande importância para a área em que atuo.

 

Como hoje ocorrem as aulas presencialmente em sua escola?

 

-Estamos seguindo à risca as recomendações do Comitê Científico e orientando os estudantes a fazerem o mesmo, tanto na escola como no trabalho e em suas casas.

A Direção da escola vem reforçando a limpeza com a equipe da Comlurb. Nas salas de aula e refeitórios, temos o álcool gel 70% e o uso obrigatório das máscaras, assim como o distanciamento recomendado.

Além disso, falamos com os alunos sobre a Covid19 e sobre a importância da vacinação.

 

O que você percebe, como professora regente de turma, sobre as expectativas dos estudantes em relação à continuidade educacional com o retorno das aulas presenciais?

 

-Nós, professores e alunos, estamos muito felizes com este retorno para otimizar o ano letivo.

Os estudantes declaram que sentiram muita falta do contato direto com os professores e de frequentar o espaço escolar, onde acontecem as trocas afetivas.

Os alunos adultos sentem a necessidade das explicações do professor e da convivência com os colegas em sala de aula.

 

Prof. Antônia, agradecemos a sua disposição de nos contar a sua prática da volta às aulas, e acreditamos que em muito contribuiu a todos os leitores da nossa Revista De Ser Educacional.

 

Turma Eja em que a Professora Antônia ministra suas aulas.

 

 

 

Entrevista sobre Desigualdade Educacional - Capital Natural - 2019.

 

O Capital Natural vai tratar de um dos pilares do desenvolvimento sustentável de qualquer projeto de sociedade: a educação. Foi lançado recentemente o IDeA - Indicador de Desigualdades e Aprendizagens, que tem como objetivo apontar o nível e a desigualdade de aprendizagem em cada município brasileiro. Para esta conversa, a Marina Machado recebeu um dos autores deste estudo: o professor Mauricio Ernica, da Faculdade de Educação da Unicamp e conselheiro da Fundação Tide Setubal, e o professor Ocimar Alavarse, da Faculdade de Educação da USP.

 

 

A Editora da Revista De Ser Educacional, Prof. Ana Shirley França, é entrevistada pelo Presidente da Universidade Corporativa do Administrador do CRA-RJ, Prof. e Adm. Wagner Siqueira.

 

Convidamos todos a assistirem!

 

 

 

ENTREVISTA

 

 UM PROFESSOR INOVADOR – PROF. ARIEVALDO LIMA  

 21 de outubro 2021

 

 Quando não se pensava em Educação a Distância, Prof. Lima vislumbrou e 

 realizou o uso da tecnologia em aulas no ensino superior.

 

 

A belíssima trajetória do Prof. Arievaldo Lima na área de Educação é digna de reconhecimento e divulgação. Por isso, convidamos o professor para esta entrevista.

 

Seja muito bem-vindo à Revista De Ser Educacional!

 

Perguntamos ao prof. Arievaldo Lima sobre a sua formação acadêmica e sua atuação profissional. Ele nos respondeu que concluiu as graduações de Economia, Administração e Contabilidade, além de oito pós-graduações em Contabilidade e Finanças, Engenharia Econômica, Ensino Superior, Educação a Distância, Psicopedagogia, Raciocínio Lógico, Filosofia e Teologia, além de dois mestrados, em Contabilidade e em Administração, também um doutorado interrompido.

O Prof. Lima nos disse como iniciou no magistério e sua trajetória como professor: -Iniciei o magistério superior em 1978, na Faculdade Integrada FACEN – Niterói, passando posteriormente pela FGV, SUAM, Castelo Branco, Faculdade São Jose, Unigranrio, Universidade de São Paulo - USP, Universidade de Guarulhos UNG, mas o maior tempo de dedicação foi na Universidade Estácio de Sá, por 36 anos.

Ele nos disse, ainda, que foram mais de quatro décadas ininterruptas, como professor e profissional de mercado, dividindo o conhecimento profissional e acadêmico com alguns milhares de alunos.

 

Indagamos o professor sobre como veio a ideia de inovar por meio da tecnologia, e prontamente nos respondeu: - Trabalhei a maioria dos 36 anos da carreira profissional em empresas multinacionais e, a partir da década de 80, cresceu muito meu interesse pelos relatórios informatizados, esse fato em si ensejou a curiosidade em estudar computação. Já que nesta década, os relatórios contábeis eram emitidos por programas computacionais.

Ao ter a oportunidade de me preparar para essa integração pelo porte das empresas, houve relativa facilidade, até porque o resultado positivo dessas interfaces era levado à sala de aula para discussão com os alunos. Esse fato, inclusive, possibilitou o registro pioneiro da “Sala de Aula Virtual” numa universidade privada em 2001 (foto abaixo)

Com isso, na época, fez jus a uma moção do governo da cidade do Rio de Janeiro pelo dinamismo no ensino a distância. (foto abaixo)

 

Perguntado sobre a sua produção acadêmica, em temos de publicações, o Prof. Lima nos falou que escreveu doze livros didáticos que se espalharam por muitos estados brasileiros, um deles fora do Brasil, em uma universidade em Madrid – Espanha (2020); (foto abaixo)

todos com a finalidade precípua de melhorar o aprendizado dos alunos de graduação tradicional e pós-graduação Lato sensu. Estes são alguns:

 

Pedimos para que o professor deixasse uma mensagem aos nossos leitores, e ele gentilmente nos enviou.

“Como seres mortais, nos tornamos eternos, quando nos tornamos lembrança. Professores são eternos. Quem não teve um professor ou uma professora, cujo nome a gente guardou para nossa vida? Quem de nós não sente uma alegria profunda, quando recebe a notícia do sucesso de um ex-aluno? Quem de nós, às vezes na rua, nunca encontrou alguém que já foi chegando com um sorriso e nos cumprimentou com um "oi, professor!" efusivo e começou a nós lembrar de fatos que, para a gente, nem achava importante, mas que ficou na alma daquela pessoa como uma lembrança feliz? Professores são eternos, sejamos lembranças felizes! Meu desejo é que cada ensinamento que partilho seja aproveitado pelo aluno no seu crescimento intelectual, pois a alegria maior é encontrá-lo bem sucedido na cultura e profissionalmente.”

Prof. Arievaldo Lima

Acessem a biografia digital do Prof. Lima:

https://www.grupoempresarial.adm.br/wp-content/uploads/2020/09/Livro-Arievaldo_organized.pdf

 

ENTREVISTA

 

 

Tem Universidade no Samba

 

Entrevista concedida pelo Prof. Dr. Telson Pires - Diretor de Desenvolvimento Institucional da Universidade Santa Úrsula

Prof. Telson e as equipes dos Cursos de Enfermagem, Nutrição e Odontologia no apoio às pessoas da comunidade, na Vila Olímpica da Mangueira..png

Foto: Prof. Telson na foto com a equipe do Curso de Enfermagem da Universidade Santa Úrsula, na prestação de serviço social à comunidade;

 

 

TEM UNIVERSIDADE NO SAMBA

 

Ana Shirley França

 

Entrevistamos o Prof. Telson Pires, Diretor de Desenvolvimento Institucional da Universidade Santa Úrsula, para nos contar sobre o Projeto educacional de apoio às Comunidades de Escolas de Samba, que muito tem auxiliado jovens e adultos.


Pedimos ao Professor que nos contasse sobre o trabalho de apoio às comunidades, desenvolvido pela Universidade Santa Úrsula e suas parcerias. Ele nos disse que a Universidade Santa Úrsula é uma instituição filantrópica com 82 anos de história e tradição, que possui uma essência social muito marcante. Foi uma das primeiras instituições de ensino superior a receber mulheres, num período predominantemente marcado pela desigualdade de direitos. Seu lema é SERVIAM, que significa "servir". E, nessa linha, muitos são os serviços e ações destinados à sociedade, notadamente para pessoas menos favorecidas, nas áreas de Psicologia, Nutrição, Enfermagem, Direito, dentre outras. 

 

Falou Telson: -Hoje, em parceria com a FIOCRUZ, estamos contribuindo com a logística de distribuição de 50 mil cestas básicas, para famílias necessitadas, neste momento delicado de pandemia em que a fome e a miséria se agudizaram.
 

O Projeto educacional nas comunidades do samba
Prof. Telson, entusiasmado, disse que a Universidade possui uma unidade avançada na Mangueira, onde os cursos de Educação Física e Administração são oferecidos com bolsas de estudo. Lá são desenvolvidas ações em Saúde e atendimento jurídico, sempre em parceria com a Vila Olímpica da Mangueira, para onde também são destinados alimentos e cestas básicas.

 
Afirmou Telson Pires que as escolas de samba são polos de difusão de cultura, situados em comunidades do Rio de Janeiro. São centros de convergência humana, e locais importantes para a adoção de políticas públicas estratégicas; assim sendo, as universidades devem marcar presença onde a educação também se faz necessária, para melhorar os índices de empregabilidade e o desenvolvimento das potencialidades de todos aqueles que estão ligados direta ou indiretamente ao dia a dia das Escolas de Samba.

 

Disse Telson: - Além da Mangueira, temos boa relação com a Beija-Flor de Nilópolis, Estácio de Sá, Salgueiro e Lins Imperial. A Selma (Selminha Sorriso) desenvolve um projeto social importante com crianças e jovens, o Sonho Beija-Flor, que já tivemos a oportunidade de participar, realizando um curso preparatório para o ENEM (gratuito), na quadra da Escola. Lá também realizamos um Vestibular Social, onde alguns participantes receberam bolsa integral. 
 
Ele nos disse que esta percepção está alinhada às políticas da extensão universitária da Universidade, onde os benefícios oriundos do ensino e da pesquisa devem transcender os muros da universidade, para proporcionar benefícios para os que não têm ou não tiveram a oportunidade de cursar o ensino superior.

 

Para finalizar, o Diretor de Desenvolvimento institucional da Universidade Santa Úrsula nos falou que começou a dar novo colorido para as ações humanizadas da Instituição pelas mãos da professora Elaine Fagundes, ex-reitora da Universidade e hoje dá continuidade ao trabalho sob a gestão do professor Paulo Alonso, atual reitor.

 

Professor Télson, parabéns pelo seu belo trabalho e obrigada pela entrevista ao nosso site.

 

CONTATOS: anashirleyfmoraes@gmail.com
 

Foto: Prof. Telson em palestra aos alunos da Comunidade da Mangueira

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