REVISTA DE SER EDUCACIONAL - CONTEÚDOS E INFORMAÇÕES

 

 

 

 

Editoriais da Revista

 

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Editorial - Número 12 - Julho 2022

 

A polidez e os relacionamentos entre professor e aluno
 
Em todos os relacionamentos pessoais e profissionais é preciso a realização da comunicação com amabilidade, empatia e respeito. Entre professor e aluno não é diferente. Pode-se dizer de muitas formas aquilo que se deseja, mas é preciso escolher as palavras certas e amenas, respeitosas, no trato com as pessoas, quando se vai construir relacionamentos ou ensinar. Esta atividade se chama Polidez, e engloba a escolha amena e amável das palavras e gestos, a partir de múltiplas perspectivas e, embora não haja única definição a respeito, concorda-se que envolve o uso de estratégias verbais, orais ou escritas, e não-verbais, a fim de manter a interação sem problemas sociais comunicativos.
 
Como objetivo inicial da interação, as estratégias ligadas à polidez visam transmitir uma imagem positiva da pessoa, para obter um retorno favorável ao propósito da comunicação. Com isso, é fácil entender como o conceito está ligado, pelo sentido, a outros, como a Cortesia, a Delicadeza e a Etiqueta.
 
Nesta análise, percebe-se que os relacionamentos educacionais, as interações sociais, como a comunicação, exigem um grau de polidez satisfatório, para que se possa conviver em harmonia com todos os envolvidos no processo educacional. Quando se ouve falar de atitude politicamente correta, de “jogo de cintura”, de “política da boa vizinhança”, está se falando no ser polido.
 
Sem dúvida, a polidez faz parte do bom convívio e, inegavelmente, depende de um conjunto de ações, principalmente, do domínio da língua, numa visão crítica e de adequações desse conhecimento à realidade vivida.
 
Por outro lado, não se quer engessar comportamentos sociais ou se pregar a dissimulação, a falsidade, até por que o modo "como" o sujeito deseja ser visto ou se apresenta em público vai além da performance do corpo e da língua, pois envolve aspectos simbólicos e psicológicos, nem sempre perceptíveis, como responsáveis por comportamentos sociais individuais.
 
Portanto, quando se está em nível de relacionamentos para aprendizagem, torna-se oportuno alertar para a necessidade de a comunicação incorporar, em qualquer nível social e em qualquer tipo de linguagem, a polidez como forma de conduta e atitude, mas não se pode esperar que essas formas de proceder sejam iguais em todas as pessoas ou que sejam sempre iguais no mesmo indivíduo. Desta forma, ser polido exige vigilância constante nas ações, essencialmente, nos relacionamentos educacionais entre professor e aluno.

 

Ana Shirley França (Editora) E-mail: desereducacional@gmail.com

 

 

Editorial - Número 11 - Junho 2022

 

O perfil empreendedor

 

Vê-se na sociedade o crescimento vertiginoso do fenômeno do empreendedorismo e a mobilização da sociedade para a compreensão deste fenômeno. As tendências das práticas educacionais já denotam a grande preocupação com a empregabilidade dos futuros profissionais. Tal conduta se direciona indiscriminadamente a homens e mulheres, independente da área de formação ou das práticas de desenvolvimento de competências em várias instâncias sociais.

 Algumas das principais “causas” do empreendedorismo na sociedade são a falta de espaço no mercado de trabalho formal (como empregado) e a facilidade de acesso à informação. Esses dois fatores podem resultar em três tipos de empreendedor:

a) O intraempreendedor, que por uma necessidade de realização pessoal ou financeira, procura empreender dentro da empresa em que trabalha, para não perder seu lugar e/ou atingir cargos mais elevados (Schumpeter);

b) O empreendedor por necessidade, aquele que depois de trabalhar em um emprego formal é demitido e se vê obrigado a trabalhar como autônomo para a sua subsistência, e empreende por necessidade, por “não ter para onde ir” e não por preferência ou aptidão. Seus traços empreendedores são voláteis, não resistem às dificuldades do mercado ou a uma oferta de emprego formal;

c) O empreendedor por preferência, aquele que faz a opção de dirigir seu próprio negócio por entender a possibilidade de se realizar pessoal e profissionalmente. A crença na sua capacidade e na sua vontade de inovar, e de dar certo, são fortes e não se desintegram facilmente; o empreendedor ele é, acima de tudo, perseverante.

 

De qualquer forma, do ponto de vista comportamental, observa-se neste contexto que sentimentos pessoais tais como, angústia, constrangimento e fracasso podem ser transformadores na vida profissional e, além disso, podem significar mudanças marcantes no sentido do empreendedorismo, de sorte que sentimentos positivos e negativos poderão impulsionar o espírito empreendedor. 

Com isso, a velocidade das mudanças na sociedade atual e a necessidade de se estar sempre em busca da informação e de inovações fazem com que o empreendedor trabalhe para se antecipar ao futuro e não para acompanhá-lo, buscando novas oportunidades para a satisfação do seu desejo de vencer, alcançar sucesso ou, até mesmo, subsistir.

 

Ana Shirley França (Editora) E-mail: desereducacional@gmail.com

 

EDITORIAL - Número 10 - Maio 2022

 

O EAD e o Aluno trabalhador adulto

 

A educação superior tem uma trajetória de ampliação de acesso e possibilidades mais democráticas ao povo, desde o ano de 1970. Novas oportunidades educacionais foram criadas, sendo o EAD uma das últimas ofertas para oportunizar chances de acesso e permanência em instituições de ensino superior. Na prática, porém, o que se tem verificado é um descompasso entre a permanência e o acesso, expresso pelo alto grau de evasão, associado à mudança de cultura escolar.

Como os estudantes EAD são na maioria adultos trabalhadores ou extrabalhadores – aposentados, se entende o crescimento desta modalidade. Contudo, constata-se o acesso, mas não se efetiva a permanência até a finalização do curso. Pesquisas demonstram que de 100 alunos ingressantes, pelo menos 68% de estudantes desistem ou trancam a matrícula, por várias causas.

A primeira diz respeito à mudança da cultura escolar. As pessoas adultas, ao longo da vida, receberam um modelo de educação, desenvolvido por meio de práticas pedagógicas sob modos de tempo e de espaço fixos e delimitados e focados numa cultura escolar presencial, onde o aluno para estudar deveria comparecer ao espaço escolar, onde um professor ou vários aguardaria para ministrar aulas, em determinadas disciplinas, previamente, organizadas e determinadas por um horário diário.  

De repente, mudou-se tudo. A cultura escolar passa a assumir uma cultura digital de comunicação e informação, do aprender a qualquer hora, em qualquer lugar e de auto-organização de estudo, onde a sala de aula foi substituída por um sistema tecnológico, tendo como suporte a internet e a web.

A segunda causa está relacionada ao aspecto do domínio da tecnologia. Muitos adultos não tiveram em sua formação escolar a prática de aprender via tecnologias e, por isso, não dominam o ferramental proposto para as interações EAD de informação e comunicação. Certamente, muitos estudantes desistem pela falta de habilidades tecnológicas.

A terceira causa se relaciona ao sentimento de solidão. Apesar do EAD promover independência de estudo e auto-organização para estudar, ela também promove o afastamento entre aluno e professor, entre alunos e colegas, entre estudantes e instituição de ensino. Assim, é muito comum o estudante adulto se sentir desamparado e solitário, dado a serem as ferramentas da Educação a Distância assíncronas, em sua maioria.

Outra causa é a falta de conhecimento por parte das instituições das necessidades dessa clientela de alunos. Conhecer e aplicar os pressupostos da Andragogia é fundamental para promover incentivo e motivação aos estudantes adultos e trabalhadores.

Assim, por mais que as tecnologias avancem, é preciso sempre pensar nesta nova clientela ansiosa e ávida por estudar, observando suas necessidades, criando incentivos, promovendo breves cursos para ampliar as possibilidades de desenvolver habilidades e atitudes, diante desse novo modo de aprender e ensinar.

 

Ana Shirley França (Editora) E-mail: desereducacional@gmail.com

 

 

Editorial - Número 9 - Abril 2022

 

A Quarta Revolução Industrial - tecnologias e condição humana

 

A Quarta Revolução foi marcada pelo avanço das tecnologias da informação e comunicação. Juntamente com a parceria entre o mundo real e a realidade virtual, tornaram possível implantar a Indústria 4.0, que consiste, basicamente, em entregar as decisões sobre a rotina de produção das fábricas para as máquinas, as quais fornecem informações em tempo real.

Em 2012, um grupo de empresários e executivos alemães, além de alguns profissionais do governo, criaram o conceito da Indústria 4.0. Identificaram tanto a necessidade de modificar a forma de relacionamento com o consumidor, quanto o potencial da tecnologia de embasar essa transformação. Pouco tempo depois, países como China, Estados Unidos e Japão passaram a adotar essa nova concepção para promover a informatização e a digitalização de suas manufaturas.

Os países pioneiros na implantação da Indústria 4.0 foram a Alemanha, Cingapura, EUA, Finlândia, Holanda, Israel, Noruega e Suécia. As indústrias e serviços destes locais saíram à frente das demais sociedades na implantação do modelo, bem como na coleta de bons resultados.

É importante ressaltar que a utilização da tecnologia inteligente não se resume às indústrias. A área de prestação de serviços e comércio, como Bancos, Escritórios, lojas, etc. também usam o modelo. Já se verifica a inteligência artificial, atuando em vários setores da economia, no mundo. No Brasil, em passos mais lentos, também ocorre o uso desta nova tecnologia.

Torna-se importante observar o que diz Steven Pinker (2018) sobre o “Novo Iluminismo” que traz uma avaliação da condição humana neste milênio. O autor afirma que o progresso é uma herança do iluminismo, baseado na convicção de que a razão e a ciência podem impulsionar o florescimento humano, não só em relação às inovações, como também nos aspectos que dizem respeito aos sentidos e realizações afetivas, onde a vida, a saúde, a prosperidade, a segurança, a paz e a felicidade estão se ampliando, por conta das realizações humanas.

 

Ana Shirley França (Editora) E-mail: desereducacional@gmail.com

 

Editorial - Número 8 - Março  2022

 

A escolha profissional e a desistência estudantil

 

Existe por parte das pessoas, na sociedade atual, uma necessidade de decisão veloz que, muitas vezes, faz coque não haja um pensamento bem cuidado sobre algumas decisões. É a decisão de momento e não a decisão analisada, principalmente, pela falta de conhecimento, pela falta de apoio e de maturidade que impera na hora em se vai decidir sobre uma profissão, bem na lógica “Bani”, uma nova forma de caracterizar o mundo como frágil, ansioso, não-linear e incompreensível, que valoriza o presente e o aqui e agora.

A velocidade assumida pala sociedade passa a ser incorporada pelas pessoas e, assim, sem muito pensar, decidem. Contudo, decidir a profissão é difícil, é preciso observar habilidades natas, empatia com a área a ser vivenciada, conhecer experiências vividas por outros e, principalmente, possuir autoconhecimento, para que possa discernir sobre o futuro. A escolha de um curso evoca a formação para uma profissão que deve ser escolhida bem antes de sua concretização e é justamente neste contexto que surgem as incertezas e, muitas vezes, as desistências do estudo.

Como consequência do exposto, verifica-se, nas instituições públicas e privadas de ensino superior, um número elevado de desistências nos períodos iniciais de curso e, uma das mais apontadas causas é a incapacidade de tomada decisão que o estudante vivencia, quando vai escolher uma profissão ou curso no final do ensino médio. Algumas causas são inerentes: falta de critérios claros para discernir sobre a profissão que deseja buscar para seu futuro, desconhecimento de suas habilidades e de informações sobre as profissões, falta de orientação profissional, entre outras causas.

É verdade que o problema atinge as instituições de ensino superior particulares, mas, nas instituições públicas, este fato promove perdas significativas. O problema é mais expressivo nas instituições mantidas pelo governo, em virtude da batalha que os estudantes travam, para que possam galgar uma vaga em uma instituição federal, estadual ou municipal e, mesmo assim, desistem, causando prejuízos a si mesmos, bem como aos cofres públicos.

O orçamento universitário já destina àquelas vagas um valor a ser dispendido e, como a desistência do estudante todos perdem: o aluno que desistiu, a instituição universitária que fica com vagas ociosas e a sociedade, por deixar de formar mais um cidadão e por perder valores investidos na educação.

Assim, é preciso orientar os estudantes ao longo do ensino médio, fomentando um processo de autoconhecimento, para que reconheçam suas habilidades e áreas do conhecimento e da vida com que mais se identifiquem. Certamente é a escola a mais preparada para essa orientação, mas poderá estabelecer parcerias universitárias, para melhor realizar esta tarefa.

 

Ana Shirley França (Editora) E-mail: desereducacional@gmail.com

 

 

Editorial - Número 7 - Fevereiro 2022

 

A modalidade EAD e o Ensino Remoto em tempos de Pandemia

 

A modalidade de Ensino a Distância – EAD - se tornou uma grande oportunidade para que pessoas, antes desprovidas de condições de estudar, pudessem ter acesso à Educação Superior e demais níveis educacionais. Hoje é a modalidade que mais cresce, não só por oferecer preços mais acessíveis, mas também por permitir que o aluno estude de qualquer lugar e a qualquer hora.

São muitas as vantagens do EAD; contudo, há também algumas desvantagens relacionadas não só à modalidade e da tecnologia na Educação, como também ao uso indevido da internet. A utilização do espaço virtual por possuir pouco controle, leva aquele que estuda por meio da tecnologia digital a algumas desvantagens e aspectos negativos que precisam ser vistos e apontados, até mesmo, por aqueles que valorizam e defendem a modalidade a distância.

A situação social mundial da COVID 19 permitiu que se comprovasse a importância do EAD para a continuidade educacional em toda parte do mundo. No Brasil, não foi diferente. Escolas que já tinham o ensino a distância estruturado, tiveram mais chances de continuidade do que aquelas que era apenas presenciais, com nenhum ou poucos recursos tecnológicos estruturados de ensino. Porém, é preciso distinguir o que é e foi o ensino EAD do ensino Remoto, até porque é justamente a distinção de uso que irá permitir perceber as formas e problemas na continuidade do ensino em todos os níveis.

O EAD, assim como o Ensino Remoto, depende fundamentalmente da infraestrutura tecnológica, para que se realize, e este é um ponto que influencia positivamente e negativamente a modalidade. Em uma visão positiva, a rede universal de computadores permite maior acesso em qualquer lugar e hora, provocando a ampliação de possibilidades educacionais, democratizando oportunidades de educação. Porém, por outro lado. Em uma visão negativa, põe abaixo a pressupostos democráticos do EAD: o acesso à internet não é igualitário. Inclusive a infraestrutura tecnológica e de acesso à internet é determinada pelo poder econômico, pelos recursos materiais que se tenha, como máquinas, o domínio da tecnologia e, espacialmente, da capacidade e recursos da Internet.

Falar de tecnologias na Educação, evoca diretamente a utilização da internet como grande canal. Sem o acesso de qualidade à internet, dificilmente se conseguirá utilizar recursos, por melhores que sejam.

Contudo, a grande distinção entre o ensino a distância e o Remoto está no planejamento pedagógico. Como o Ensino Remoto é e foi emergencial (CNE/MEC 2020), as escolas que aderiram não tinham um planejamento prévio e bem organizado. Para não ficar sem aulas, muitas escolas presenciais precisaram assumir o ensino remoto como forma de continuidade escolar.

É certo que ficaram lacunas deixadas na Educação de crianças, jovens e adultos. Agora, mesmo sem o término da Pandemia, é preciso planejar formas de rever conteúdos educacionais e formação de habilidades, para que se minimizem os problemas trazidos pelas perdas  à Educação, por esse problema social e sanitário tão grave no Brasil e no mundo.

               

Ana Shirley França (Editora)  E-mail: desereducacional@gmail.com

 

 

Editorial - Número 6 - Janeiro 2022

 

Preparação por Competência

 

Na atualidade, em face do mercado de ocupações ser tão dinâmico e competitivo, o profissional de qualquer área necessita desenvolver competências, que reúnam habilidades, conhecimentos, atitudes e valores. A busca por uma ótima formação comportamental, técnica e científica é fundamental, para que se possa garantir um lugar de trabalho na área de formação e atuação.
A visão antiga conteudista de que os conhecimentos apenas bastavam, não mais se sustenta na realidade social e profissional. Hoje é preciso uma formação polivalente, flexível e proativa, a fim de se adaptar rapidamente às mudanças. Além disto, é preciso reunir em sua preparação profissional atributos técnicos, lado a lado, às habilidades comportamentais.
Em qualquer profissão, com as rápidas mudanças, em que conhecimentos caducam de um dia para o outro, é fundamental a busca de uma boa base educacional, por meio de constante atualização de conhecimentos, desenvolvimento de pesquisas, participação de eventos, viagens culturais, cursos e oficinas de aperfeiçoamento que sirvam de aprimoramento profissional e pessoal. Ao trabalhador atual se exige educação continuada e permanente, para se manter apto na profissão.
As habilidades de leitura, escrita e cálculos, trilogia que fundou a escola do Século XIX, não está mais à altura das exigências do Século XXI. Hoje não basta saber escrever, é preciso saber se comunicar por escrito e oralmente em vários idiomas e com a mediação da tecnologia; como também, saber ler não se resume à compreensão de um texto, mas a um entendimento analítico mais amplo de texto, imagem, ambiente e cenários.
A abordagem por competências demonstra que é preciso estudar sempre, no sentido de que os profissionais precisem acompanhar as exigências de preparação para este Século, onde muitos conhecimentos são desejados, muitas habilidades são requeridas, muitas atitudes são esperadas e muitos valores precisam ser demonstrados.

 

Ana Shirley França (Editora)  E-mail: desereducacional@gmail.com

 

 

Editorial - Número 5 - Dezembro 2021

 

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU no Brasil

 

Dedicamos este editorial e número da revista aos ODS propostos pala ONU e que tem na quarta posição a Educação de Qualidade inclusiva e qualitativa, objetivo principal da Revista De Ser Educacional.

 

Para se compreender os objetivos traçados pela ONU, com vistas ao desenvolvimento sustentável no Brasil, é preciso conhecer sobre a Agenda 2030. Ela é um plano de ação para as pessoas, para o planeta e todos os envolvidos, a fim de transformar o mundo, de sorte que se possa alcançar prosperidade para todos. Ela também busca fortalecer a paz universal e a liberdade. Com isso, traça os objetivos para o desenvolvimento sustentável do mundo e pretende que todos os países e as partes interessadas atuem em parceria colaborativa, para que essa agenda seja implementada, segundo o plano, até 2030.

Esta Agenda possui propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, com o respeito pelo direito internacional. Fundamenta-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos, tratados internacionais de Direitos Humanos, na Declaração do Milênio e nos resultados da Cúpula Mundial de 2005.

Há 17 (dezessete) objetivos e 169 (cento e sessenta e nove) metas a serem alcançados, com uma escala traçada, segundo a sua importância. Eles são integrados e indivisíveis, e equilibram as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a ambiental, a econômica e a social.

O primeiro objetivo é a Erradicação da pobreza no mundo, “libertar a raça humana da tirania da pobreza e da penúria”, até o último que envolve o alcance de Parcerias e Meios de Implementação dos demais objetivos. São estes os 17 objetivos propostos:

1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas.

2. Acabar com a fome e promover a agricultura sustentável.

3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar.

4. Assegurar a educação de qualidade inclusiva e equitativa.

5. Alcançar a igualdade de gênero.

6. Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento.

7. Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia.

8. Promover o crescimento econômico, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente.

9. Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e inovadora.

10. Reduzir a desigualdade dentro dos países.

11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

12. Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.

13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática.

14. Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, deter a perda de biodiversidades.

16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

17. Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Cabe a todos nós trabalhar para alcançar os objetivos.

Faça a sua parte!

 

Ana Shirley França (Editora)  E-mail: desereducacional@gmail.com

 

 

  Editorial - Número 4 - Novembro 2021

 

Volta às aulas presenciais – a Pandemia não acabou

 

O número 3 da nossa Revista será dedicado à volta às aulas presenciais, assunto muito debatido neste final de ano, nos vários níveis escolares, por profissionais da educação e de muitas áreas, inclusive pelas famílias.

As Escolas em todo o país começam a voltar gradativamente às aulas presenciais. É, sem dúvida, um desafio, já que não se tem a exata projeção para um futuro breve, de como a Pandemia se encaminhará no Brasil e no mundo. Voltar às aulas não significa retornar ao que se tinha antes de 2020, pois a luta contra o Coronavírus 19 não está vencida e há muitos cuidados a serem tomados por parte de autoridades, instituições de ensino, bem como em relação aos estudantes e suas famílias.

É importante que as escolas voltem às aulas presenciais com cautela, mobilizando vários recursos que garantam aulas mais seguras. Mesmo que cada estado e município detenham autonomia na Educação, todos, sem exceção, devem cumprir os aspectos que dizem respeito às normas sanitárias estabelecidas pelas áreas de saúde e de vigilância.

Existem cuidados relacionados à infraestrutura escolar que devem ser vistos com atenção. Recomenda-se distanciamento de 2 metros entre alunos, além de turmas reduzidas. É preciso buscar a realização das aulas em locais o mais aberto possível, sem uso de ar condicionado e janelas abertas, até mesmo, com aulas nos pátios, jardins, quadras abertas, entre outras. Além disto, é preciso demarcar espaços comuns, bem como realizar recreios e intervalos em horários alternados.

Há também os cuidados de higiene para a saúde. Disponibilizar álcool em gel 70% para uso individualizado, limpeza constante e desinfeção dos espaços, uso de máscaras, a aferição de temperatura na entrada, utilização de tapetes higienizados úmidos com água sanitária ou equivalente, não levar a mão ao rosto são algumas atitudes que auxiliam na não propagação do vírus, não só do Covid 19, como outros.

Por fim, existe a estratégia que muitos países adotam: a utilização de um planejamento pedagógico que preveja uma modalidade híbrida, com aulas presenciais e online, com a mediação da tecnologia. Contudo, para isso, é preciso verificar se há infraestrutura tecnológica na escola e dos alunos, que permita o acompanhamento das atividades de ensino e aprendizagem.

Então, há muito a se fazer, tanto por parte das escolas, como pelas famílias, a fim de que se possa continuar a estudar, sem riscos para todos.

 

Ana Shirley França (Editora)  E-mail: desereducacional@gmail.com

 

Editorial - Número 3 - Outubro 2021

 

Construa a Permanência Estudantil e haverá menos evasão escolar

 

Ao longo dos anos, desde que muitas escolas passaram a ver o aluno como “cliente”, o Marketing passou a dominar a cena na tarefa da manutenção dos estudantes, de forma a evitar suas perdas. Contudo, hoje, percebe-se que o ato de reter é insuficiente para a eficácia na ação contra a não permanência, principalmente, se visto isoladamente. A Permanência passou a ser o enfoque do momento, dado ao seu valor mais humano de relacionamento.

Analisando os conceitos, à luz do significado, a Evasão e a Permanência possuem diferenças fundamentais nas suas abordagens. A Evasão é um ato já ocorrido, cuja a perda é efetiva. O estudo da evasão é pós-ação da perda de estudantes, por isso, não há o que fazer, a não ser, saber os motivos. A Permanência é um ato de provisão e previsão, é a tomada de decisão e ação, para que não haja perdas, para que os estudantes se mantenham e até colaborem na captação de colegas, em virtude de sua positiva experiência na escola, em qualquer nível educacional.

O Marketing trata o problema da Evasão, buscando a Retenção, tratando da conservação do discentes por meio de uma força; em uma visão de significado, a retenção é a criação de uma reserva por meio da posse. Já a Permanência é um ato consentido, seja consciente ou não; é se deixar ficar pela própria vontade; condição de continuidade permitida. Com esta análise, verificam-se que, atualmente, as escolas necessitam de um setor de Permanência, para que trate da manutenção de estudantes de forma racional e emotiva.

A Permanência vislumbra resultados, mas age de forma mais afetiva, demonstrando mais humanidade nas suas ações. O estudante permanece, porque se sente pertinente à instituição de ensino, ele se vê espelhado nela, se enxerga parte de uma proposta educacional em que ele acredita, ele se percebe integrante e importante, por meio de um conjunto de ações e atividades, nas quais o aluno se vê incluído e reconhecido. É certo que ferramentas do Marketing devem ser utilizadas, como instrumental na Permanência, principalmente, a retenção reativa, mas sempre deverá ser mediada por um contato constante e amável.

O momento exige uma postura mais humana das Instituições de Ensino. É preciso tratar a Permanência, pois, em tempos de dificuldades econômicas, competitividade de mercado. falta de tempo para o estudo e isolamento social, só ela poderá garantir o futuro das Escolas. Inovar na forma de ensinar, motivar os alunos com atividades vivenciais de colocar “a mão na massa”, utilizar recursos de novas tecnologias no processo ensino e aprendizagem são algumas formas de fomentar a permanência. Contudo, criar relacionamentos assertivos e duráveis, gerando o sentido de pertencimento no aluno, para com a escola, são ações indispensáveis à concretização da Permanência.

 

Ana Shirley França (Editora)  E-mail: desereducacional@gmail.com

 

 

 Editorial - Número 2 - Setembro 2021

 

A Educação na Pandemia

 

Desejo dividir com os leitores as minhas preocupações com a Educação. Hoje com suas atividades de ensino-aprendizagem, presenciais e realizadas na modalidade a Distância e no Ensino Online, formas de ensinar e aprender que, devido ao momento pandêmico, tornaram-se as saídas para a continuidade educacional no Brasil e no Mundo.

Certamente os críticos do EAD se calaram. Nunca foi tão necessária a Educação a Distância como agora. O tempo da educação do passado terminou. Quem quiser se manter apto no mercado educacional, sejam escolas públicas ou privadas deverão investir em inovações educacionais.

Apenas gravar aulas presenciais e aparecer frente às câmeras, como se fossem educação a distância, não resolve. Existe um necessário planejamento de ações educacionais que o ensino precisa cumprir. Também, como são controladas essas aulas? Professores ministram aulas, utilizando a tecnologia como meio, muitas vezes, sem o devido planejamento, sem controle das atividades e sem verificação do cumprimento de objetivos pedagógicos.  

O estudante apenas não pode ser o balizador da boa ou má aula, é preciso controle. Colocar o professor e alunos frente a frente, por meio de tecnologias não significa haver, necessariamente, uma aula a distância e a relação ensino aprendizagem realizada.

Se no ambiente de aulas presenciais o controle da qualidade do ensino é difícil, imagine-se no momento das aulas online, em que pouco ou nada é controlado, e o professor está livre para fazer o que desejar com seu tempo. Não que se desconfie do trabalho do professor! Por mais que ele realize a aula de forma satisfatória, não há como ocorrer uma avaliação do trabalho docente, para melhorias na qualidade do ensino. Até mesmo o professor fica com dúvidas se as aulas realizadas realmente transmitem e formam o estudante.

Além disto, existe um gap pouco controlável: a internet, meio por onde tudo ocorre. Nem todos possuem a mesma infraestrutura para o uso de tecnologias. O poder aquisitivo, a localização e a aparelhagem utilizada influenciam decisivamente na melhor ou pior realização de aulas pelo meio digital, tanto em relação ao aluno, como ao professor. Assim, é fácil se perceber que este é um complicador, para que as aulas ocorram como se esperava.

Certamente, passa-se por um momento difícil na educação e é preciso resguardar as pessoas neste momento de pandemia. A volta às aulas ocorreram e nos parece que existe uma máxima do "vamos ver como é que fica". É preciso maior controle das escolas nas atividades de ensino e aprendizagem, um planejamento educacional que organize as aulas a distância e online, bem como as presenciais, dando mais atenção ao aparato pedagógico necessário a todas as  modalidades educacionais. O foco não é apenas a tecnologia, ela é meio, deve-se ater ao planejamento didático-pedagógico, pois é ele que garantirá o êxito educacional.

Espera-se que as aulas presenciais realmente se fixem com segurança para todos e fiquem as experiências do ensino online e a distância mais exitosas.

             

Ana Shirley França (Editora) E-mail: desereducacional@gmail.com

 

 Editorial - Número 1 - Agosto 2021

 

A Nossa Revista

 

A inclusão social na Educação e na Cultural Escolar foi sempre uma preocupação nossa com as coletividades de professores em todos os níveis escolares, como também com aqueles que sempre desejaram conhecer e ter acesso a informações reais e significativas, mas não tiveram oportunidades.

A nossa Revista De Ser Educacional é um veículo sem fins lucrativos que deseja incluir pessoas, por meio de suas informações e conteúdos. O nosso compromisso é social e utilizamos a tecnologia como o grande canal para alcançar leitores. Seja pelo celular, pelo computador ou tablet é possível acessar a nossa revista de todo lugar do país e fora dele.

Procuramos compor um Comitê Editorial que trouxesse representação nacional e até internacional. Integramos professores do Sul ao Nordeste, trazendo esse olhar amplo e de muitas regiões; além disso, convidamos um professor de Lisboa, Portugal, para somar conosco.

De Ser Educacional tem em suas páginas muitos assuntos. Temos notícias educacionais, belíssimos vídeos, entrevistas, cursos e palestras, pesquisas na área da Educação, conteúdos educacionais, indicação de livros e eventos na área. Os nossos leitores podem entrar em contato direto conosco, por meio de Contatos, onde se pode até enviar textos.

Como última realização, abrimos o nosso Canal no Youtube e pretendemos produzir vídeos que levem à reflexão e auxilie no dia a dia das pessoas e de profissionais da área da educação, por meio de lives, webinars, entrevistas, mesas de discussão, palestras e cursos.

Assim, desejamos realizar a nossa missão de divulgar informações e conteúdos significativos sobre temas emergentes e dilemas educacionais, levando à inclusão de cidadãos na Educação e na cultura produzida pela escola.

Convido a todos a acompanhar as nossas publicações.

 

Ana Shirley França (Editora)  E-mail: desereducacional@gmail.com